Tribunal interrompe A26-Leste: A protecção climática supera as críticas ao planeamento!
O Tribunal Administrativo Federal declarou a A26-Ost em Hamburgo parcialmente ilegal e os aspectos de protecção climática devem ser mais considerados.

Tribunal interrompe A26-Leste: A protecção climática supera as críticas ao planeamento!
Pílula amarga para os planejadores rodoviários: esta Tribunal Administrativo Federal classificou os planos para a nova construção da A26 Leste no porto de Hamburgo como parcialmente ilegais. No cerne do acórdão está a insuficiente consideração da protecção climática. O tribunal concluiu que a decisão de aprovação do planeamento para o primeiro troço necessita urgentemente de ser melhorada.
A decisão não é coincidência: ações judiciais movidas por associações de conservação da natureza como Nabu e BUND foram vistas como parcialmente bem-sucedidas, especialmente no que diz respeito à rota escolhida. Os planejadores optaram pela variante Sul 1, que ocupa impressionantes 18,5 hectares de valiosas charnecas. Esta decisão foi duramente criticada porque as rotas alternativas não foram suficientemente examinadas do ponto de vista climático. A variante Sul 2 preferida pelos ambientalistas poderia não só permitir rotas mais curtas e baratas, mas também não colocaria qualquer pressão sobre o solo dos pântanos.
Falta de consideração das preocupações climáticas
Particularmente surpreendente: esta é a primeira vez que as preocupações com a protecção do clima desempenham um papel central num processo judicial rodoviário. Considerando que serão sacrificados mais de 150 hectares de área natural para a construção da A26 Nascente, o tribunal deixa claro que tal projecto é extremamente prejudicial para o clima. Em particular, as elevadas emissões de CO2 geradas durante a produção de betão causaram preocupações adicionais entre os ambientalistas. Estão planeados mais de 750 abates de árvores, que ameaçam os habitats de espécies protegidas, como o pica-pau-malhado e a rã-das-pântanos.
A A26 Leste deverá prolongar a existente A26 Oeste da Baixa Saxónia e criar uma ligação à A1. Com um custo estimado em 2,3 mil milhões de euros, este projeto é um dos projetos de autoestradas mais caros da Alemanha. Apesar de todas as preocupações sobre as consequências ambientais, a Associação Industrial de Hamburgo expressou cepticismo e descreveu o veredicto como uma má notícia para a indústria de Hamburgo. A autoridade económica sublinhou ainda que a decisão de aprovação do planeamento permanece em vigor, mas são necessários ajustamentos.
O caminho a seguir: proteção climática no setor dos transportes
A nível político, a decisão significa que a protecção do clima deve desempenhar um papel cada vez mais central no planeamento dos transportes. É assim que fica Lei Federal de Proteção Climática afirma que as emissões de gases com efeito de estufa deverão diminuir 65 por cento até 2030 e 88 por cento até 2040, em comparação com 1990. O governo federal está a perseguir objectivos ambiciosos para tornar a Alemanha neutra em termos climáticos até 2045.
No entanto, o setor dos transportes não escapa aos desafios. Este sector é actualmente responsável por cerca de 20% das emissões de gases com efeito de estufa. Para fazer face a esta situação, é necessária uma mudança do transporte para o transporte ferroviário e fluvial, apoiada pela expansão dos transportes públicos locais. Deverão também existir medidas para reduzir as emissões para a mobilidade no transporte de passageiros. Isto inclui, entre outras coisas, a expansão da infraestrutura de carregamento para carros elétricos e a promoção de uma condução amiga do ambiente para veículos comerciais.
A decisão poderá não só influenciar o destino da A26 Leste, mas também ter consequências de longo alcance para futuros projetos de autoestradas na Alemanha. Protecção ambiental e mobilidade sustentável – estas estão a tornar-se cada vez mais o cerne do planeamento dos transportes, e o tribunal enviou um sinal impressionante.